segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Boa Noite

Minha alma adormece.
Mais densa do que antes,
Mais vaga do que antes.
A sensação de queda toma conta do meu corpo estático.
Será angústia ou sono?
Minha preguiça de dormir não me deixa descobrir.
Se ao menos angústia tivesse nome...
Já não seria refém do vazio indigente que me pesa o sono da alma.
E em seus sonhos ela grita, esperneia, se rasga,
Mas mesmo assim não acordo.
Ao meio de cada cigarro me pergunto por que acendi.
Não tem a ver com lágrimas,
Não tem a ver com nada.
Talvez com a brisa daquela noite,
Dessas que arrepia os sentidos e te mostra vivo.
A plenitude efêmera de uma vida sem nexo.

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