sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Meta-iludidos

Mundo de plástico,
Tão falso quanto a ilusão pura que antes existia.
Agora vivemos na ilusão da ilusão.
Burlamos nossas vidas com chafarizes que se insinuam cachoeiras, 
Mas que nada são além de água pra cima.
Com o gel a bagunçar o cabelo dos jovens,
Que antes se contentavam com a escultura do vento.
Com as árvores crescendo perdidas e suas raízes tolhidas pelo meio fio.
Esse mundo que o mundo consagra,
Eu rejeito com toda minha força.
Nem toda essa gente aglomerada,
Cheia de sonhos e idéias,
Faz-me esquecer o concreto,
Frio, duro, reto,
Como nenhuma pedra jamais almejou ser.
Medido milimetricamente pela merda da simetria.
Simetria pra que os homens caibam nas gavetas que hoje habitam.
Um pedaço do céu que eles julgam ter por tê-lo trocado por papéis coloridos que julgavam importantes.
E nesse mundo realmente o são.
Camuflam nossa existência rasa e o não sentido que existe em viver.
Buzine!
Buzine porque os pássaros estão roucos com os ruídos da cidade.
Buzine pra que saiam da frente, pra que andem, pra que você passe.
Você será o primeiro a chegar na mesma merda que ficou lá atrás.
Você é o campeão, o grande campeão dessa futilidade toda.
Parabéns!

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