segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lágrimas Fúteis

Qual o propósito de tudo? Sem desmerecer o valor das coisas me pergunto pra quê continuar o quê.
Não autorizo mais a fuga das lágrimas dessa angústia sem fundamento, eu nem as conheço.
Se assim o quiserem, elas que transbordem clandestinamente.
Vislumbro diariamente o vôo da janela sem a morte no final.
Qualquer novidade surpreendente, mesmo que ruim.
Qualquer coisa que me mostre vivo.
Quem sabe uma explosão.
Com sorte um meteoro.
Uma viagem interna e desgovernada rumo às lacunas da mesmice do mundo.
Cogito qualquer coisa que possa acontecer a qualquer um, ele poderia ser o próximo, quem sabe até você.
Nunca compro a passagem de volta na esperança de que novos ventos mudem meu rumo.
Qualquer lugar diferente do de sempre.
Contrarie-me, por favor! 
Coagi-me com argumentos que me façam sucumbir das minhas maiores certezas.
Antes fosse eu um cachorro de rua, que simplesmente vive, numa vida inútil, pobre e feliz.

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